quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Vale o que vier

Parece que a Globo quer mesmo transformar janeiro no mês dos futuros famosos, aqueles que você talvez nunca tenha ouvido falar antes, mas não pode deixar de saber sobre eles. Em breve, o assunto das rodinhas de discussão no trabalho, nas festas, nos clubes e até entre quatro paredes com a pessoa amada será o mesmo: O que rola na casa do BBB 8.

Você pode até estranhar, reclamar e bater o pé dizendo que não se interessa pelo reality show. Mas verdade seja dita (no caso aqui, escrita): Infelizmente não tem como escapar da avalanche de informações sobre os participantes do programa, quem azarou quem, quem bebeu todas e armou barraco ou de quem apareceu em algum flagra indiscreto. Por causa disso, em algum momento você terá falado com alguém sobre assunto que ao mesmo tempo interessa a todos e não tem importância nenhuma.

O que mais impressiona no BBB é a obsessão das pessoas em participar do programa, na esperança de ser descoberto por um grande diretor de TV ou um empresário da mídia para dali sair como um artista famoso, uma celebridade. Esse desejo torna até o prêmio de R$ 1 milhão insignificante. O problema é que podemos contar nos dedos do Lula quantos realmente se tornaram bem-sucedidos, onde a principal estrela foi mesmo a bela Grazi Massafera, que se tornou uma bela imagem para publicidade e até conquistou mais fãs ao fazer a novela Páginas da Vida. Mesmo assim, a busca pelo sucesso "fácil" oferecido pelo programa continua a pleno vapor.

Assim, é um pouco triste ver pessoas sem talento algum fazendo vídeos constrangedores sobre suas supostas qualidades, como cantar, dançar ou mesmo posar para fotos. O material acaba, na maioria das vezes, sendo exibido como motivos de piada em programas como o Vídeo Show e o Nem Big Nem Brother. Nesta última edição, foi criada uma nova forma de inscrição para o reality show: um tipo de Orkut, onde candidatos criavam perfis com tudo a que tinham direito para tentar convencer a equipe do BBB a selecioná-los para entrar na casa. A coisa, que já não era boa, ficou pior.

Surgiram candidatos de todo o tipo e as apelações foram de um gosto cada vez mais discutível. Teve até uma modelo, conhecida por posar para revistas masculinas, que colocou na foto principal de seu perfil uma imagem que mostrava a região favorita dos homens brasileiros. Até aí tudo bem, vão dizer que vale qualquer coisa para alcançar seus objetivos nesse caso. Exceto por um detalhe: O bumbum apresentado era de outra pessoa!!! No caso da ex-Salva Vidas do Caldeirão do Huck, Ana de Biase.

Agora que o programa começou, li uma matéria que mostra exatamente a falta de limites e de ridículo que uma pesssoa pode ter. Uma estudante do Piauí gastou mais de R$ 10 mil para ter uma chance no BBB 8. Ela chegou a ficar só de lingerie numa shopping center de Teresina só para chamar a atenção dos outros e perdeu o namorado, que não agüentou tamanha loucura. Resultado: Não foi selecionada, ficou endividada e provalmente sofrerá por causa de muitas brincadeirinhas e provocações que irá ouvir dos outros.

Quem quiser saber mais sobre essa história, acesse o link http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL253133-7084,00-ESTUDANTE+GASTOU+R+MIL+PARA+TENTAR+VAGA+NO+BBB.html

P.S. O título desta postagem vem da música Vale Tudo de Tim Maia, que dá título ao livro que Nelson Motta escreveu sobre o Síndico. Ainda não li, mas não vejo a hora.